ABIHPEC promoveu série de Lives “Desmistificando a Indústria 4.0: Impactos da transformação digital” com diversos especialistas no tema

Participaram do evento profissionais da Inova Consulting, Inova Business School, LCZ Consultoria, From Now On Consulting, L´Oreal, Venture Hub, Emprapii, Universidade Federal Fluminese e Berthas Consultoria 

A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) movimentou durante seis semanas muito aprendizado para o setor de HPPC, por meio do projeto “Desmistificando a Indústria 4.0: Impactos da transformação digital”. Foram realizadas Lives com os mais renomados especialistas do assunto, cujo objetivo foi promover um debate construtivo com profissionais que vivenciam essa transformação, por meio dos seguintes temas: Pessoas, Estratégia, Mercado, Ecossistema de Inovação e Operações.

Os eventos contaram com abertura de João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC, e moderação de Sérgio Gonçalves, diretor da Chemyunion e presidente do Conselho Científico-Tecnológico da ABIHPEC, e de Antonio Grandini, da Inova Consulting e Inova Business School.

Como reforçou Basilio, em seu discurso durante a última live de 05/11: “todos os especialistas que passaram por aqui deram insights significativos para as empresas entenderem a importância da evolução tecnológica para os seus negócios”.

Já Grandini falou sobre os objetivos deste projeto: “de forma clara e objetiva, nossa intenção foi trazer ao setor a perspectiva da necessidade de implantação da digitalização através da indústria 4.0, tratando amplamente todos os aspectos chave que devem ser levados em consideração nesta jornada”.

Abaixo, um overview, resgatado na última Live da série, no dia 5/11, de cada área pelo olhar dos especialistas:

Os impactos do avanço da indústria 4.0 para as pessoas - Este assunto foi explorado pelos especialistas Luis Felipe Cortoni, da LCZ Consultoria, e Marcelo Veras, da Inova Business School, na primeira Live da Série.

Cortoni, fala sobre o assunto com foco no comportamento humano nas empresas perante a implementação da indústria 4.0: “Quando a gente fala de pessoas na 4.0, há sempre algumas dúvidas em torno da suposta resistência das pessoas e da ausência de comportamentos/atitudes esperados neste modelo. Acho importante levar em consideração na implementação desse novo formato nas empresas o quanto e como isso afetará os funcionários e líderes. Todos os envolvidos com esta mudança na empresa deverão sofrer um pouco. Por outro lado, a indústria 4.0 significa um direcionamento de sobreviver no agora/futuro, desta forma, poucas pessoas não se sensibilizam com este apelo de estar no futuro”.

Complementando o pensamento, Veras, fala sobre a primeira coisa para desmistificar o 4.0 é entender o que está acontecendo. Segundo ele, está acontecendo um processo natural, onde estamos em um epicentro de uma virada de página equivalente ao ocorrido na revolução industrial e na revolução agrícola. “Entendendo isso, e olhando para a história, a revolução veio para ficar”, complementa o especialista. Ele recorda os números brasileiros de uso de celular, por exemplo, “hoje, no Brasil, nós temos 210 milhões de pessoas e 220 milhões de celulares. Até 2024, é certa a consolidação dos vestíveis, roupas e relógios que medem coisas. Até 2030 já existe um consenso de que nós vamos ter a chamada singularidade homem-máquina. Está acontecendo uma transformação que há 200 anos não acontece, não tem ninguém nem instrumento algum que faça parar isso”, finaliza ele.

Na segunda Live, o foco foi na Estratégia, por Rafael Davini, fundador e CEO da consultoria FROM NOW ON, e Luis Rasquilla, CEO da Inova Consulting.

Davini falou sobre transformação digital, negócios e tendências: “Nós precisamos alinhar as tecnologias disponíveis e existentes com uma mudança de mindset, para que possamos transformar de fato os ecossistemas dos nossos negócios e inovar de fato”.

Outro tema apresentado pelo consultor foi sobre a relação da biologia digital com as indústrias de bens de consumo pela tendência que a gente tem para o futuro. “Nos anos 2000 nós conseguimos digitalizar o DNA humano e há cerca de dois anos, nós também conseguimos editá-lo. Hoje nós conseguimos modificar o DNA das pessoas a partir de interesses que nós temos. Isso significa um mundo de oportunidades para inovar. É incrível pensar como a indústria relacionada a bens de consumo em geral e que produzem soluções que entram em contato com o corpo humano podem pensar no futuro, partindo da biologia digital e de todas estas conquistas que alcançamos. Hoje a saúde humana é guiada por informações que vem da análise de dados em muitas frentes diferentes, como cuidando de doenças, do bem-estar, da aparência em geral, uma série de fatores diferentes relacionados a vida humana.”

Já Rasquilha complementou dizendo “Há três momentos que marcam a nossa história recente: o primeiro pilar é 2010 com a massificação dos smartphones que acelerou a proposta de coletividade, o segundo pilar é a 4º revolução industrial em 2016 e o 3º pilar é a Covid-19, que veio provar que os dois pilares citados acima precisavam ser rapidamente implementados para que nós seres humanos pudéssemos viver e nos adaptar a essa nova realidade imposta mundialmente. Isto fez com que todas as empresas, independente do porte, da história, do volume e da área de negócio, precisam repensar as suas áreas de atuação e a sua forma como a vida delas vai seguir”.

Márcio Giacobelli, escritor, influenciador e especialista em Venda Direta, e Rafael Aló, diretor de Trademarketing Retail da L’Oréal falaram sobre os impactos da indústria 4.0 no Mercado.

O palestrante Giacobelli, falou sobre a transformação que as empresas estão vivendo imposta pelas tendências de mercado: “A transformação digital exige uma construção de pequeno, médio e longo prazo e faz parte de uma estratégia geral da empresa. A indústria 4.0 usa o maior número de informações para criar estratégias customizadas instantâneas, ou seja, é a massificação da customização”, conta ele.

Aló comentou que “a transformação digital tem seis pilares principais: a mudança do consumidor de insights para ação; a escalada do e-commerce; performance de mídia voltada para a conversão; conteúdo digital transformado em social media; sustentabilidade e, por fim, comprometimento social”. Para ele, tudo isso atrelado à inspiração e eficiência traz sem dúvidas muito sucesso e grandes conquistas para as empresas que estão enfrentando as mudanças da indústria 4.0.

Sobre os Impactos da transformação digital no ecossistema da inovação falaram José Eduardo Azarite e Érico Pastana, VP e Co-fundador, respectivamente, da Venture Hub; e José Luís Gordon, diretor de planejamento e gestão na EMBRAPII.

Azarite trouxe a importância do ecossistema de inovação e empreendedorismo para o dia a dia corporativo. Ele explicou os fundamentos precursores do modelo da Hélice Tripla, que incluíram mais recentemente, além do Estado, da Academia e as Empresas, a sociedade civil e a sustentabilidade, em que o Estado tem o papel moderador, reunindo protagonistas relevantes para conceber, financiar e implementar projetos estratégicos de inovação. Mas, ao longo dos anos, a tecnologia tomou um poder imenso exigindo cada vez mais rapidez e processos inovadores para as empresas, o que fez a indústria 4.0 ter um protagonismo com novos modelos de gestão e uso de tecnologias abundantes como: robótica, internet das coisas, computação em nuvem, sistemas integrados, Big Data, entre tantos outros processos que aceleram cada vez mais o dia a dia empresarial, trazendo novos e surpreendentes desafios.

Pastana continuou o tema dizendo que: “A implementação da indústria 4.0 no ambiente empresarial trouxe soluções inovadoras para nichos especializados, oferecendo assim produtos, projetos e experiências únicas nunca vistos antes”. Ele ressaltou ainda que o mundo digital acelerou e transformou a vida de empresas, das pequenas às grandes, em resultados crescentes ano a ano que antes eram inimagináveis alcançar tão rapidamente.

Já Gordon finalizou o evento falando sobre como a inovação é um fator imprescindível para as empresas se manterem vivas atualmente. “Ela já faz parte das estratégias das corporações funcionando como uma troca de conhecimento, aprendizado, interação dentro e fora do ambiente corporativo”, conta ele. Ele finaliza afirmando o quanto esse movimento possibilita maior conhecimento e agilidade para que os colaboradores e gestores das pequenas, médias e grandes empresas sejam mais competitivos perante o mercado.

E quais são os impactos da transformação digital nas operações? Sobre o assunto, falam os especialistas convidados Aurélio Lamare Soares Murta, Professor Doutor da UFF e Paulo Roberto Bertaglia, Escritor e Fundador da Berthas Consultoria.

Murta, explicou sobre o conceito da logística 4.0 e os benefícios trazidos como redução de custos, diminuição de perdas e erros, aumento da precisão, agilidade nas respostas, entre outros diferenciais. “A tomada de decisão fica mais qualificada e eficiente”, afirma ele.

Bertaglia trouxe um tema extremamente importante: a perspectiva da Torre de Controle em Supply Chain. “O objetivo desse conceito é permitir a visibilidade da cadeia de abastecimento de ponta a ponta e orquestração dos processos aplicando indicadores adequados, proporcionando acesso às informações precisas e oportunas, habilidade de colaborar e tomar decisões estratégicas em vários níveis da organização e uma análise de negócios que ajudam a trabalhar de forma mais inteligente e desenvolver relações mais estratégicas. Essa teoria nos traduz o que a indústria 4.0 proporciona para as empresas atualmente: controle e agilidade nos processos, tomada de decisões mais assertivas e rápidas, tornando o mercado muito mais competitivo.”

"Empresa Farol" - Antônio Grandini amarra todo o conteúdo reforçando sobre o conceito dessas empresas, consideradas de vanguarda e que, hoje em dia, vivenciam um novo modelo de negócio a partir da implementação da indústria 4.0. Empresas estas que estão em um patamar de evolução diferenciado devido à escolha pela implementação da digitalização, sejam elas pequenas, médias ou grandes empresas. Outro fator para essas organizações estarem na classificação de “Empresas Farol” é de que estão fazendo esta transformação investindo em capital humano, preparando seus times para tomadas de decisão quando forem necessárias. Existem 44 empresas farol no mundo, duas no Brasil, no setor automobilístico e de gás/petróleo.

Essas empresas alcançam o alto impacto trabalhando de forma Colaborativa, com processo de inovação aberta, usando o ecossistema de startups e com a mínima substituição de ativos. Escolhem regiões emergentes e desenvolvidas para se instalarem e utilizam de 5 alavancas fundamentais para o crescimento do negócio, são elas: 1 - Tecnologia Democratizada Transversalmente em toda a estrutura, 2 - Custo incremental mínimo, 3 - Intenso uso de Dados e Analitics, propiciando agilidade no trabalho, 4 - Estrutura Organizacional diferenciada com times engajados e qualificados e 5 - Implementação de novos modelos de negócios.

O que esperar dessas indústrias então, já que são protagonistas, no mercado?

- Aumentam ao invés de substituir pessoas;

- Investem no desenvolvimento das habilidades;

- Disseminam tecnologia em todas as regiões e incluem as PMEs;

- Abordam e incluem o desafio das mudanças climáticas.


ATENÇÃO: Se perdeu alguma das Lives, acesse a galeria de vídeos do Portal INOVAÇÃO ABIHPEC https://inovacaoabihpec.org.br/quem-somos/?block=#GaleriaDeVideos



Fonte: ABIHPEC
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